Episódio 10 de Revue Starlight é tudo sobre nos mostrar como Karen não tem um lugar no sistema tradicional de estrelas do Takarazuka. Usando Maya Tendou e Claudine Saijou como o par padrão da série, Revue Starlight pinta uma imagem de duas pessoas que geralmente concordaram com o sistema. Embora ambas tenham se beneficiado e sido prejudicadas por esse sistema, elas ainda são o par ideal - o mais próximo que a série tem de um padrão para as garotas do palco seguirem. Claudine, em particular, é interessante, uma vez que ela assume o papel tradicional da musumeyaku (a garota principal que é guiada por aquela no papel de "homem", otokoyaku) dentro e fora do Revue. Isso a faz desmembrar-se depois da perda que mais a afeta - ela não só está cobrindo Maya, seu otokoyaku, mas ela também genuinamente acredita que Maya nunca poderia perder.
No entanto, a girafa - e por extensão, o sistema top star Takarazuka que ela representa - está errada sobre um detalhe importante da personalidade de Karen: ela não se contenta em ficar nos bastidores se Hikari estiver em perigo. É aí que ela assume a liderança, por assim dizer, em uma posição mais dominante do que seria tradicionalmente permitido para alguém no papel feminino, que a série a padroniza visualmente quando ela é pareada com Hikari. Quando Hikari estiver envolvida, Karen vai cruzar a linha, como mostrado nos episódios anteriores e em várias cenas durante este episódio 11. Karen abre a série escalando a girafa, a personificação do sistema de estrelas, e obriga-a deixar entrar. Ela está ativamente desafiando o sistema desde o início.
Da mesma forma, neste episódio, vemos Karen cavar a parede e abrir as portas do elevador com um pé-de-cabra para voltar ao palco e encontrar, ou melhor salvar, Hikari. Karen não é uma pessoa passiva. O lugar que ela forjou para si mesma na Seisho e no Revue é através de pura força de vontade e sua promessa a Hikari.
Por causa disso, também não é surpresa que Karen perca seu brilho apesar dos melhores esforços de Hikari. Hikari leva o título de top star e depois desaparece completamente devido à sua insistência de que a girafa não tome nenhum poder de qualquer outra garota derrotada.
Essa é a única maneira pela qual Hikari sabe mudar qualquer coisa, sacrificando a si mesma. Não é um bom caminho e não quebra verdadeiramente o ciclo, mas a sua escolha permite à Karen e companhia seguir em frente com a performance do 100º Starlight pela primeira vez, presumivelmente sem perder nada. Nesse episodio ainda somos presenteados com Banana entendendo o poder do tempo, a beleza do agora; afinal, o 'agora' só é reluzente por causa da sua efemeridade. "Uma luz que nunca se apaga... Uma paixão e excitação sem fim... O momento que durará para sempre, queimando nas memórias... "
No entanto, vemos Karen chegar à mesma conclusão que Hikari, após a derrota para Judy Knightley nos duelos de Londres: a perda do amor pelo palco. Ela até passa pelo mesmo movimento de mãos, interrompendo um ensaio em andamento. Todos os esforços de Hikari foram em vão porque tudo o que Karen queria era estar no palco com Hikari. Claro que Karen perderia seu brilho sem Hikari. Também não é coincidência que Karen não tenha realmente chorado pelo desaparecimento de Hikari até que ela entendesse exatamente o que Hikari tinha passado em perder sua motivação para o palco.
Revue Starlight (e Karen) não quer um mundo onde as garotas do palco tenham que sacrificar suas ambições, suas amizades, seus relacionamentos e a si mesmas pelo sistema de estrelas. Karen e Hikari ainda podem não me parecer heroínas convincentes (eu gostei do material solo de Hikari no episodio anterior), mas é quando elas estão juntas que tudo se faz valer; as duas repetem uma combinação de truísmos sobre amizade e não-declarações sobre "brilhe ao máximo". O que quero dizer é que juntas, elas vendem seus papeis de heroínas.
Além disso, vendo a mudança de Claudine (no episodio 10) de “todos seremos julgados pela imparcialidade do palco!", para “qualquer coisa, exceto Maya, deixe-me falhar em vez dela” me pare ser a alma da Revue Starlight em miniatura.
Nós vimos Karen tanto no papel de otokoyaku quanto no de musumeyaku em toda a série e ela parece se encaixar no último mais do que no primeiro, mas ainda desliza entre os dois, especialmente em situações em que ela sente a necessidade de agir e "salvar" Hikari. Mesmo assim, ela sempre é movida pelo desejo de ficar no palco ao lado de Hikari, de acordo com sua promessa de infância. Mais uma vez, isso mostra o quão inadequada Karen é para o sistema. O sistema de estrelas inevitavelmente coloca todos uns contra os outros na busca da estrela principal. Karen evita essa ideia através de sua ideologia falada, e suas ações apoiam isso: a posição zero é uma meta somente se ela puder ficar lá com Hikari. (Como um apóstrofe, qualquer amor romântico que ela tenha por Hikari é certamente proibido dentro do sistema também.).
Além disso, Karen não tem a altura natural de Daiba “Banana”, ela não era a estrela de sua cidade natal como Mahiru Tsuyuzaki, ela não trabalha depois das aulas por horas como Junna Hoshimi, ela não tem o físico ou a história da família de Maya.
Na verdade, dado o nível de talento e a aparência geral de Karen, é um pouco surpreendente que ela tenha sido aceita na Academia de Música Seisho (já sabemos que ela não foi a última em suas audições de classe, tendo sido Futaba), embora ela não tenha falta de paixão. De fato, a versão que Karen bate e vence no primeiro episódio é a Revue of Passion. Revue Starlight não tem sido sutil sobre a imagem de Karen (não Hikari, apesar de sua recente chegada como estudante transferida) como uma outsider.
Além disso, Karen não tem a altura natural de Daiba “Banana”, ela não era a estrela de sua cidade natal como Mahiru Tsuyuzaki, ela não trabalha depois das aulas por horas como Junna Hoshimi, ela não tem o físico ou a história da família de Maya.
Na verdade, dado o nível de talento e a aparência geral de Karen, é um pouco surpreendente que ela tenha sido aceita na Academia de Música Seisho (já sabemos que ela não foi a última em suas audições de classe, tendo sido Futaba), embora ela não tenha falta de paixão. De fato, a versão que Karen bate e vence no primeiro episódio é a Revue of Passion. Revue Starlight não tem sido sutil sobre a imagem de Karen (não Hikari, apesar de sua recente chegada como estudante transferida) como uma outsider.
No entanto, a girafa - e por extensão, o sistema top star Takarazuka que ela representa - está errada sobre um detalhe importante da personalidade de Karen: ela não se contenta em ficar nos bastidores se Hikari estiver em perigo. É aí que ela assume a liderança, por assim dizer, em uma posição mais dominante do que seria tradicionalmente permitido para alguém no papel feminino, que a série a padroniza visualmente quando ela é pareada com Hikari. Quando Hikari estiver envolvida, Karen vai cruzar a linha, como mostrado nos episódios anteriores e em várias cenas durante este episódio 11. Karen abre a série escalando a girafa, a personificação do sistema de estrelas, e obriga-a deixar entrar. Ela está ativamente desafiando o sistema desde o início.
Da mesma forma, neste episódio, vemos Karen cavar a parede e abrir as portas do elevador com um pé-de-cabra para voltar ao palco e encontrar, ou melhor salvar, Hikari. Karen não é uma pessoa passiva. O lugar que ela forjou para si mesma na Seisho e no Revue é através de pura força de vontade e sua promessa a Hikari.
Por causa disso, também não é surpresa que Karen perca seu brilho apesar dos melhores esforços de Hikari. Hikari leva o título de top star e depois desaparece completamente devido à sua insistência de que a girafa não tome nenhum poder de qualquer outra garota derrotada.
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Em vez de andar pelo mesmo caminho que Karen (e depois parar), elas estão em pé em seu próprio palco. |
No entanto, vemos Karen chegar à mesma conclusão que Hikari, após a derrota para Judy Knightley nos duelos de Londres: a perda do amor pelo palco. Ela até passa pelo mesmo movimento de mãos, interrompendo um ensaio em andamento. Todos os esforços de Hikari foram em vão porque tudo o que Karen queria era estar no palco com Hikari. Claro que Karen perderia seu brilho sem Hikari. Também não é coincidência que Karen não tenha realmente chorado pelo desaparecimento de Hikari até que ela entendesse exatamente o que Hikari tinha passado em perder sua motivação para o palco.
Revue Starlight (e Karen) não quer um mundo onde as garotas do palco tenham que sacrificar suas ambições, suas amizades, seus relacionamentos e a si mesmas pelo sistema de estrelas. Karen e Hikari ainda podem não me parecer heroínas convincentes (eu gostei do material solo de Hikari no episodio anterior), mas é quando elas estão juntas que tudo se faz valer; as duas repetem uma combinação de truísmos sobre amizade e não-declarações sobre "brilhe ao máximo". O que quero dizer é que juntas, elas vendem seus papeis de heroínas.
Além disso, vendo a mudança de Claudine (no episodio 10) de “todos seremos julgados pela imparcialidade do palco!", para “qualquer coisa, exceto Maya, deixe-me falhar em vez dela” me pare ser a alma da Revue Starlight em miniatura.
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Nosso herói, com toda a certeza, caminha em direção ao seu destino e é gradualmente acompanhado por todas as pessoas que conheceu até agora. Bonito e obvio paralelo visual com as deusas do Starlight. |